De acordo com a Associação Internacional da Doença de Alzheimer,
estima-se que atualmente mais de 35 milhões de pessoas sofrem com a
doença, porém em 2030 esse número chegará a 65 milhões e 115 milhões até
2050, no mundo todo. Essa doença que degenera gradativamente as células
do cérebro foi descoberta há praticamente um século e até hoje não há
cura.
Um grupo de pesquisadores franceses publicou uma pesquisa
revelando que a falta de uma proteína chave para o cérebro está
associada à doença de Alzheimer, uma descoberta que identifica um novo
alvo para medicamentos de combate à doença e renova a esperança de um
tratamento eficaz no futuro.
Baseando-se em pesquisas anteriores, os pesquisadores mergulharam num
“banco de cérebros” de Paris, composto por órgãos doados à ciência
médica, para comparar os níveis de uma proteína chamada FKBP52 entre os
cérebros de pessoas que morreram de demência e dos que haviam morrido de
outras causas. Amostras foram extraídas e suas composições químicas
analisadas.
Numa região do cérebro muito afetada pela doença de Alzheimer, os
pesquisadores descobriram que os níveis de FKBP52 eram 75% mais baixos
nas pessoas que haviam morrido de Alzheimer e outras doenças causadas
pelo acúmulo da proteína Tau.
A proteína conhecida atualmente como Tau foi identificada
inicialmente em 1912 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer, que
emprestou seu nome à doença. Quando essa proteína passa por um processo
de transformação, começa a formar emaranhados microscópicos dentro das
células nervosas, matando-as.
Descoberta em 1992, a FKBP52 é uma proteína encontrada abundantemente
no cérebro, onde tem a tarefa de dobrar e desdobrar outras proteínas.
Mas também tem sido revelado que ela aprisiona a Tau, o que suscitou a
teoria de que a falta da FKBP52 auxilia a Tau se emaranhar, apesar de
que a sequência de eventos a nível molecular que causam os emaranhados
de Tau ainda não foram esclarecidos.
Os pesquisadores acreditam que os níveis de FKBP52 podem ser usados
como um biomarcador da suscetibilidade ao Alzheimer e que o seu aumento
pode oferecer uma maneira de parar a progressão da doença.
A doença de Alzheimer é conhecida há muito tempo, mas nesses últimos
anos a ciência tem acumulado tanta informação que propiciou em 2011 uma
revisão completa das diretrizes de diagnóstico da doença, há 27 anos sem alteração.
O critério original descrevia apenas estágios avançados da doença,
quando os sintomas de demência já eram evidentes. Já os novos critérios
cobrem todo o espectro da doença à medida que gradualmente muda ao longo
dos anos, desde os mais precoces estágios pré-clínicos, passando pelo
comprometimento cognitivo leve, até a demência do Alzheimer.
Além disso, essas diretrizes agora aceitam o uso de imagem e
biomarcadores que podem auxiliar a determinar se as mudanças no cérebro
são devidas ao Alzheimer, algo que ainda está sendo usado apenas para
pesquisa por ainda necessitar de mais teste e validação.
Enquanto a ciência pesquisa uma cura para essa doença, nossa única
alternativa é tomar atitudes que reduzam o risco de surgimento ou
impacto da doença, conforme já foi discutido em artigos anteriores sobre
prevenção, alimentação, fumo, treinamento cerebral, etc.
Uma dessas atitudes é o desenvolvimento de reservas cerebrais através
de atividades variadas que desafiem o cérebro, dentre as quais as
atividades oferecidas pelo programa de treinamento cerebral do Cérebro Melhor. Então, está esperando o que? Comece já a desenvolver suas reservas!
Publicado por Cérebro Maior em 06/02/12
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