19/07/2011

Psiquiatra fala sobre a dor de perder um filho

Geraldo Ballone

Por Elliana Garcia


Quem perde os pais fica órfão; e quem perde um filho? A dor é tão grande que não tem denominação. É uma dor sem nome. Diante da inversão do curso da vida, em que os pais estão enterrando seus filhos, como lidar com a perda repentina? Como reconstruir a vida e superar essa dor? O professor e psiquiatra Geraldo Ballone, criador do site www.psiqweb.med.br e autor dos livros “Histórias de Ciúme Patológico e  Da Emoção à Lesão” e “Psiquiatria e Psicopatologia Básicas” fala que “a perda de um filho é a maior frustração que pode acontecer a alguém”.
Lidar com a morte nem sempre é fácil, qual o conselho para passar por um período de luto?
Os sentimentos diante da perda são universais e atemporais e acometem todos os seres humanos viventes e em todas as épocas de nossa história. Mesmo assim, não se pode dizer que alguém esteja absolutamente preparado para aceitar com naturalidade a perda de uma pessoa querida. Alguns sofrem mais que outros, mas todos sofrem.  Este sofrimento, entretanto, pode variar de acordo com a sensibilidade pessoal, com o tipo de pessoa que se perde e com as circunstâncias da perda.
Não há fórmula mágica para lidar bem com o luto ou com as perdas. Parece fazer parte do desenvolvimento normal da personalidade humana vivenciar perdas, mas as condições que acompanham essas perdas e algumas atitudes emocionais podem minimizar o sofrimento. O contrário também é verdadeiro, ou seja, circunstâncias capazes de causar indignação, sensação de impotência, o grau de sofrimento da pessoa que morre são alguns dos fatores que podem agravar muito a angústia de quem fica.
A cada dia vemos relatos de pais que perdem os filhos. Como lidar com essa dor?
De fato, existem muitos pais que perdem os filhos para a morte, mas existem muitos também que perdem os filhos em vida, para as drogas e para o crime. Por isso, disse antes que as circunstâncias da perda são relevantes. A dor específica pela morte de um filho representa a perda de uma parte de nós mesmos, alguma coisa que sabemos ser definitiva e irreversível e, muitas vezes, nem sabemos se a parte que ficou foi maior ou menor do que aquela que se foi. A base do sofrimento existencial humano são as frustrações, um sentimento de aborrecimento que surge quando nosso destino foge totalmente de nosso desejo.
Todo ser humano experimenta muitas frustrações, o tempo todo e a vida toda, desde frustrações leves até as maiores. A perda de um filho é a frustração maior que pode acontecer a alguém, é um golpe fatal no destino desejado. É mais sofrível ainda porque foge do fisiologismo naturalmente esperado, que é os filhos enterrarem os pais e não o contrário.
De que forma, eles podem reconstruir a vida?
Não há mágica, nem mistério. É com muito esforço, tijolo por tijolo, pedra por pedra. Quem sente as dificuldades dessa empreitada pode procurar ajuda de várias maneiras; terapia, psiquiatria, ajuda espiritual, apoio de pessoas queridas. A medicina, através da psiquiatria, é apenas uma das maneiras de abordar pessoas que necessitam. É indicada quando profundos estados depressivos impedem a pessoa de recomeçar, quando a depressão suga toda energia necessária para querer continuar vivendo. 
Não há palavras para decifrar a intensidade da dor e da saudade. Mas, do ponto de vista psiquiátrico, é mais traumático perder um filho pequeno ou adulto?
Em psiquiatria existe uma coisa muito séria: o valor nunca é qualidade do objeto, é o sujeito que coloca valor no objeto. Isso significa que a pessoa que sofre a perda é quem valoriza o objeto perdido, logo, os sentimentos são de autoria exclusiva do sujeito. Resumindo, ninguém pode avaliar ou atribuir algum valor ao objeto perdido além do sujeito que o perdeu.
Posso responder, apenas teoricamente, que a dor é proporcional também ao vínculo afetivo que a pessoa em luto tem com a pessoa perdida. Nesse caso, é possível que uma criança muito nova tenha um vínculo afetivo menos intenso e sólido do que o vínculo afetivo com um filho mais velho. Supõe-se assim, ser mais difícil superar a perda de quem tenha uma representação afetiva mais duradoura e intensa.
A pergunta pode parecer até incoerente, mas será que os pais não se culpam muitas vezes no caso da perda de crianças, que poderiam ter sido mais protegidas por eles?
É claro que sim. Mesmo que a conduta dos pais tenha sido exemplar e irreprimível, por uma simples questão emocional (geralmente depressiva) eles sempre pensam que poderiam ter feito mais. E geralmente os complexos de culpa parecem ser mais comuns em pais consequentes, presentes e atuantes, cuja consciência também costuma ser mais ampla. A inconsequência e negligência de algumas pessoas parece não ser acompanhada de discernimento suficiente para o sentimento da culpa.
Demora muito para os pais se darem conta da perda de um filho?
Como se diz, “cada caso é um caso”. Diante de uma doença fatal, por exemplo, existe certo tempo entre o diagnóstico e a evolução fatal. A família, diante de um diagnóstico grave como, por exemplo, câncer letal, inicialmente não acredita muito na gravidade do problema, depois vem a fase de revolta e do “por que justo ele?”, depois vem as promessas e orações, e finalmente, vem a aceitação do inevitável com profunda tristeza.
Não é o caso, por exemplo, da morte por acidente ou assassinato. Inicialmente, diante da surpresa, a revolta e indignação são as emoções mais intensas. Há, comumente, uma inclinação a encontrar responsáveis ou responsabilizar pessoas pelo ocorrido. Daí, vem a aceitação acompanhada dos sentimentos de perda e dor.
Perder os filhos para as drogas ou para o crime, dependendo do caráter dos pais, é uma das perdas que mais se acompanha de sentimentos de culpa. Embora as pessoas sem retardo mental sejam responsáveis por suas escolhas, mesmo assim os pais costumam se sentir responsáveis pelas opções delituosas dos filhos. Mesmo sabendo da quase irreversível inversão de valores do mundo atual, da influência maléfica da qual os filhos são vítimas na escola, na rua, nos vídeos games, etc., mesmo percebendo que enquanto eles, os pais, puxam os filhos para o bem, um batalhão arrasta-os para o outro lado. Mesmo diante de tudo isso, os pais se sentem bastante impotentes, culpados e fracassados.
No caso de pais que perderam filhos de forma violenta, se engajar em ONGs contra violência ajuda a superar a perda?
Sem dúvida. Muitas vezes, uma experiência terrivelmente dolorosa pode amadurecer a personalidade e vice-versa, ou seja, personalidades mais maduras parecem sobreviver melhor às experiências sofríveis.
Infelizmente, a maioria das pessoas se mobiliza com mais determinação quando os sentimentos, angústia, fome, sede, enfim, quando a dor afeta diretamente a si própria. Essas iniciativas são muito boas do ponto de vista pessoal e cívico. Politicamente não sei ao certo até que ponto as pessoas devem compensar a falta do Estado através dessas iniciativas. Porém, emocionalmente é válida a tentativa de promover atitudes que visam evitar sofrimentos de outras pessoas.
Como os pais devem agir com outros filhos, se porventura tiverem, já que muitas vezes os sentimentos concentrados no filho que morreu podem fazer falta aos demais?
Este é um problema muito sério também. E não acontece apenas diante da perda de um filho. Muitas vezes, um grave problema ou deficiência de um dos filhos pode exigir atenção intensiva dos pais e, involuntariamente, acaba faltando atenção aos outros.
Temos visto em consultório pessoas adultas que guardam péssimos sentimentos ou ressentimentos, mesmo inconscientes, sobre a falta ou abandono que sentiram em relação a pais que se dedicaram exclusivamente ao irmão problemático. O mesmo fenômeno pode acontecer diante da perda de um dos irmãos.
Onde os pais podem encontrar forças para se reconfortarem da perda já que ambos estão fragilizados?
Vivenciar o luto é uma contingência obrigatória diante das perdas. Algumas pessoas conseguem superar perdas depois de muito empenho e sofrimento, outras precisam de atenção especial ou profissional. Os consultórios psiquiátricos e psicológicos estão cheios de casos de depressão grave, de transtornos de estresse pós-traumático, de sérias limitações decorrentes de síndromes do pânico, de ansiedade crônica e grave. Isso sem contar as cardiopatias ocasionadas emocionalmente e muitas outras doenças psicossomáticas.
Aprende-se a viver apesar dessas perdas, mas esquecê-las ninguém esquece, e a qualidade da vida emocional jamais será a mesma. Acho que este é o ônus doloroso e silencioso ao qual estamos todos sujeitos a pagar pela vida em sociedade, porém, todos sabemos que em algumas sociedades esse ônus é mais frequente e maior.
E aqueles pais que não enterraram seus filhos (caso Eliza Samudio, em que até o momento o corpo não foi encontrado). Fazer um enterro ajuda na recuperação?
O ser humano vem enterrando seus mortos de maneira ritual desde a pré-história. Evidentemente a religiosidade é um dos maiores alívios que uma pessoa encontra diante do infortúnio; é o conforto e esperança de quem fica. O sepultamento ou qualquer outro féretro, como a cremação, não aliviam a dor, mas, sem dúvida, esta seria maior e mais angustiante sem um enterro.  
Perdoar ajuda a aliviar a perda de um ente querido que foi vítima da violência?
O perdão sempre faz bem à alma. É um peso a menos para se carregar pela estrada da vida.

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56 comentários:

  1. Perder um filho, é perder uma grade parte de nós mesmos.Eu, perdi um filho, há oito anos e meio. É uma ferida que sangra, há dias que parece, como hoje por ex. nada valer a pena. Se não fosse por outra filha que tenho, então acho que nada valeria a pena mesmo, embora um filho seja insubstituível.
    Quando a ferida não sangra, há a cicatiz que continua doendo e nos modifica em muitos aspactos da vida,
    É isso que eu sinto.

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    1. É ASIM QUE ME SINTO TAMBÉM A RESPEITO DA PERDA DE MEU FILHO A 3 MESSES ASSASSINADO EM UMA TENTATIVA DE ASSALTO. JOSE LISBOA

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    2. Como eu faço ? Não consigo por essa URL q passou ! Mande me um e-mail se ainda interrssar . Perdi meu filho há 10 dias estou estraçalhada mas tentando sobreviver .

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    3. Meu filho tinha 21 anos. Estava sofrendo mas nunca falou. O que sentia.chorava. e parava. Envolveu com drogas. Foi internado com 5 dias. Se livrou da vida, foi embora pro mundo eterno

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    4. Perdi a minha filha um mês antes de completar os seus 35 anos, era um ser inteligente, brilhante, alegre mas a vida guardou uma maldita doença para ela, sofreu horrores e quando pensava que ia sobreviver veio uma infecção que a matou se me dar tempo de a voltar a ver de olhos abertos e tive de lhe dizer adeus quando estava ligada a todas as máquinas que a menina viva. Desligamos as máquinas para ela deixar de sofrer, mas eu não aceito e penso que nunca vou ultrapassar tal dor.

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  2. Perdi um filho já faz mais de dez anos e ainda sinto muita tristeza. Atualmente estou fazendo terapia e faço tratamento para depressão. Você tem que pedir muita força a Deus para poder superar uma perda de um filho, pois não é fácil. Quero acreditar que um dia irei me reencontrar com o meu Gabriel e voltar a dar cheiros e abraços no meu anjo. Que Deus possa abençoar todas as mães que perderam seus amados filhos.

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    1. Peço um pouco da sua atenção! Estou a conduzir uma investigação com o objetivo de ajudar a compreender quais os mecanismos de coping utilizados pelos pais que perderam um filho, mais particularmente se as crenças que estes possuem ou não, ajudam a ultrapassar com menos pesar esta perda imensa. Neste sentido, venho pedir-lhe por favor para me responder ao novo questionário, demora alguns minutos e de certa forma vai ajudar-me a compreender melhor a situação dolorosa que é perder um filho e consequentemente ajudar outros na mesma situação. Também peço caso tenha um parceiro/a que partilhou a mesma experiência, que peça para este/a também responder. É realmente importante.
      Agradeço imenso o apoio que me têm dado e as histórias que partilharam comigo, caso tenham alguma dúvida sobre o estudo não hesite em contactar-me. Pretendo, assim que o estudo tiver concluído publica-lo para que quem me ajudou veja para o que contribuiu e para que outros pais se vejam também espelhados no meu estudo. Deixo-o/a com o pedido mais formal e com o url do questionário.
      No âmbito da Tese de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde do Instituto Universitário da Maia, encontro-me a realizar um estudo sobre o processo de luto face à perda de filhos. Este trabalho procura analisar a importância da existência ou não de uma crença durante o processo de luto dos pais. Solicito deste modo a sua participação neste estudo através do preenchimento de um breve questionário. Todas as suas respostas são anónimas e confidenciais e destinam-se exclusivamente a serem analisadas no âmbito deste estudo.
      https://qtrial2015az1.az1.qualtrics.com/SE/?SID=SV_8qpNjkvbw9qGVw1
      Agradeço a sua colaboração. As suas respostas vão permitir uma melhor compreensão e uma melhor ajuda a pessoas em situações de perda.
      A investigadora,
      Nicole Ribeiro

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    2. E uma dor terrível estou sobrevivendo com muito esforço e a religião está ajudando que a doutrina espírita estudada por allan kardec o codificador da doutrina espírita e Deus e muito dor não tem dor pior na vida do que a perda de um filho....

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. oi sou uma mãe que perdeu uma filha de 17 anos em novembro de 2012 estou desesperada pois não consigo aceitar ela era jovem e saudavel mas em pouquissimo tempo um cancer levou ela de mim ate quando vou sofrer so tenho vontade de morrer choro todos os dias e não tenho prazer em nada

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    1. Perdi meu filho com 17anos super saudavél, meu melhor amigo, companheiro,filho maravilhoso,cuidava de mim com tanto carinho ... E foi fazer uma bariatrica e deu uma complicação 11 dias de UTI, morri dia por dia, e ele veio a falecer, hoje tbem choro todos os dias só faz 4 meses e grito de dor... não consigo mais ter uma vida normal, não tenho vonta de de sorrir,tenho sindrome do pânico, e por incrivél que parece ele que cuidava de mim, hoje só to aqui porque tenho outro filho pequeno, mas luto muito, mas vontade de viver eu não tenho... será que algum dia ameniza, pois a cada dia que passa tenho mais dor...

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    2. SEI BEM COMO SE SENTE, MAIS SEI TAMBEM QUE NOSSOS FILHOS NÃO GOSTARIAM QUE FICASEMOS TRISTES POIS ELES NOS CONHECERAM ALEGRES E FELIZES POR ESTE MOTIVO É QUE TNTO A TOO INSTANTE SUPERAR ESTA PERDA. SAIBA QUE UM DIA TODOS NOS IREMOS REENCONTRAR AS PESSOAS QUE AMAMOS... ABRAÇOS E NÃO PERCA NUNCA A FÉ..

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    3. Cirene

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    4. Nicole Ribeiro, acho horrível vc estar aproveitar a dor das pessoas aqui presentes, para vir com esse tipo de questões. Se quer fazer investigações tente passar pela experiência e depois venha publicar a sua dor. Não se aproveite da dor dos outros desta forma, não é justo nem humano

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  4. Perdi meu bebê há algus dias. Tive problemas na gestacao e na semana 23 tive uma cesária de emergênca. Rafael viveu 9 horas e depois se foi nos bracos do meu esposo. Essa dor tá me matando. Acho que nunca vai passar.

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    1. Há oito meses perdi meu primeiro e único bebê, no dia que completava 19 semanas de gravidez. Minha vida foi mudada. A dor é indescritível e imensurável.

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  5. Perdi meu único filho adotivo há um ano e 10 meses. Nem sei dizer como estou, mas mesmo com ajuda de profissionais não tenho mais vontade de viver. Nada é como antes. Tudo é só tristeza. Eu que sempre fui uma pessoa alegre não estou sabendo viver assim, com essa tristeza, com esse buraco em meu peito.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Perdi meu filho no dia do seu aniversário de 7 anos (27/12/2014).
      De repente,do nada,seu coraçãozinho
      parou nesse dia tao especial. Só espero o dia de poder me encontrar com meu menininho novamente.
      Sem Gabriel tudo acabou.

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    3. Perdi meu filho no dia do seu aniversário de 7 anos (27/12/2014).
      De repente,do nada,seu coraçãozinho
      parou nesse dia tao especial. Só espero o dia de poder me encontrar com meu menininho novamente.
      Sem Gabriel tudo acabou.

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    4. Meu filho se foi com 8 anos. Nossa cada dia que passa é muita saudade. Quem estiver nesse momento difícil entra em contato comigo no face.Leandro Guilherme Malta.

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  6. Perdir minha filha a 17 dias de uma gravidez que tinha tudo para ser normal mais foi a que apareceu uma impertencao gestacional no oitavo mes a onde minha filha veio a morrer dentro da minha barriga

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    1. Ola, gostaria de dizer a todos aqueles que perderam seus filhos, que se nós como pais, tias, avós ,nunca nos esquecemos deles, quanto mais Deus, que é nosso Criador , jamais se esquecerá deles. Em Romanos cpítulo 8 versículo 38 e 39 diz que nada nos separa do amor de deus. E em joão cap. 5 versículo 28 e 29 diz que haverá uma ressurreição para a vida. O próprio texto acima diz que o que mais conforta uma pessoa nesta hora é a esperança , ter espiritualidade e fé .Deus é vida, e trará de volta esses filhos num paraíso na Terra com vida, e esses reencontrarão com seus pais. eles voltarão a viver com seus parentes novamente : Apocalipse capítulo 21 versículo4, Romanos cap. 24 vers. 15. Tenho esta esperança pois perdi uma sobrinha e sei que ela voltará na ressurreição.Ela viverá para sempre.Leiam sempre a Bíblia , estude-a tenham fé , pois ela é a única esperança para a humanidade. ( João cap. 17 ver 3).

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    2. Gente, respeite as pessoas em luto!!! Já postou uma vez pedindo ajuda... Agora para de pedir!!! A dor deles é muito maior que a sua tese!!! Saiba respeitar!!

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    3. Nicole Ribeiro, você é uma pessoa totalmente sem noção. Não se faz pesquisa empírica desta forma sua idiota.Respeite os pais e mães.

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  7. Perdi meu filho,ando sem rumo,sem esperanças sem.....Dou gloria a Deus que se não fosse Deus na minha vida,se não fosse meus outros filhos por mais que um filho não substitua o outro,não sei o que seria de mim...grande é a tristeza,indignação... de perder um filho para esta violência sem fim que estamos enfrentando.e agora o que fazer... a um ano perdi meu filho,todos os dias penso meu Deus não deve ser verdade,acho que é um pesadelo...cadê o Caio...cadê você meu filho que saiu para tomar um açaí e não voltou mais...não quero acreditar que você se foi...tínhamos tantos sonhos,planos...20 anos porque meu Deus...

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    1. Em 15-11-2016, Perdi minha filha em um trágico acidente automobilistico, hoje vivo sem saber administrar esse novo mundo que vivo. Estou quase chegando a uma depressão ou já estou não sei, só sei que está sendo muito dificil pra mim, vejo os dias passando e a saudade aumentando, fico penssando na distância que o tempo vem trazendo do último dia que a vi, e esse tempo vem me assustando muito. Ela tinha apenas 25 anos, tinha um coração generoso, muito família e fazia amizade com facilidade. Hoje me sinto incompleto, e o que me faz viver é o Deus que meus pais me ensinou a crê.

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  8. Desejo a todos que olhem ao redor e participem da vida. Perder um filho é um vazio que deve ser preenchido com vida. Faça seu dia valer, preencha o coração com um sorriso a alguém que necessite desta dose de luz. Minha filha de 27 está me ensinando. Ela se foi apenas não acordando no dia seguinte. Tem muitos dias que choro, mas o sorriso dela que vejo todos os dias, tem me mostrado que nao devo chorar e sim sorrir e dar forças ao meu marido, minha outra filha e genro. Desejo a todos o que tenho desejado a minha família: sorriso que ilumina a vida.

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  9. Para todos aqueles perderam alguém querido na morte , que tenham a esperança certa de ressurreição ( João 5:28,29)., (João 11:25). Deus trará de volta a vida daqueles que faleceram, e estes viverão para sempre novamente com seus parentes aqui na Terra(Isaïas 45:18). A ressurreiçao está muito perto de acontecer pois vivemos nos últimos dias deste sistema, e Deus eliminará todas as causas de sofrimento.(Apocalipse 21:3,4). Visitem o site www.jw.org , e leiam mais a respeito desta maravilhosa esperança.

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    1. Peço um pouco da sua atenção! Estou a conduzir uma investigação com o objetivo de ajudar a compreender quais os mecanismos de coping utilizados pelos pais que perderam um filho, mais particularmente se as crenças que estes possuem ou não, ajudam a ultrapassar com menos pesar esta perda imensa. Neste sentido, venho pedir-lhe por favor para me responder ao novo questionário, demora alguns minutos e de certa forma vai ajudar-me a compreender melhor a situação dolorosa que é perder um filho e consequentemente ajudar outros na mesma situação. Também peço caso tenha um parceiro/a que partilhou a mesma experiência, que peça para este/a também responder. É realmente importante.
      Agradeço imenso o apoio que me têm dado e as histórias que partilharam comigo, caso tenham alguma dúvida sobre o estudo não hesite em contactar-me. Pretendo, assim que o estudo tiver concluído publica-lo para que quem me ajudou veja para o que contribuiu e para que outros pais se vejam também espelhados no meu estudo. Deixo-o/a com o pedido mais formal e com o url do questionário.
      No âmbito da Tese de Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde do Instituto Universitário da Maia, encontro-me a realizar um estudo sobre o processo de luto face à perda de filhos. Este trabalho procura analisar a importância da existência ou não de uma crença durante o processo de luto dos pais. Solicito deste modo a sua participação neste estudo através do preenchimento de um breve questionário. Todas as suas respostas são anónimas e confidenciais e destinam-se exclusivamente a serem analisadas no âmbito deste estudo.

      https://qtrial2015az1.az1.qualtrics.com/SE/?SID=SV_8qpNjkvbw9qGVw1

      Agradeço a sua colaboração. As suas respostas vão permitir uma melhor compreensão e uma melhor ajuda a pessoas em situações de perda.
      A investigadora,
      Nicole Ribeiro

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  10. Devolvi meu filho ao Pai há trâs meses, como foi doloroso velo partir com os anjos do Senhor, ao qual Deus me deu o merito de ve-lo partir, essa visão não sai da minha mente, aquele branco , um branco diferente, que os meus olhos nunca viram, a não ser naquela manha, onde Deus deu sua ultima palavra, mesmo sabendo que meu filho esta bem e com o Pai, hoje vivo mais do que nunca, eu me sinto frustrada, triste, vazia, sem alegria. E me perguntando pq eu fui uma escolhida para vivenciar essa dor horrível, carregar esse cálice pior q fel, mais creio que Deus em sua infinita misericórdia ira me fortalecer para cumprir minha missão aqui na terra.

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  11. morri no dia 09 de Maio de 2014, data da morte do meu filho de 8 anitos,me perdoem pela maneira como me expresso ,mas,e assim que me sinto,tudo acabou,nao entendo e ja desisti de tentar entender,se Deus pode me ajudar porque me permitiu tamanho sofrimento? porque meu coracao so sangra?porque esta dor nao passa?vivo na internet tentando achar algo que me ajude, mas nada,so maes chorando a mesma dor que eu nenhum pai deveria passar por isto vivo por viver a espera do meu dia chegar e bom ouvir outros relatos de pais o que fazer e como fazer para ao menos tentar amenizar a dor.dor que doi mesmo,rasga a alma torna nos impotentes faz nos desgracados chegando ate a quase prejudicar a vida dos filhos que nos sobraram pois temos medo de os perder tambemvivo em mocambique, perdi o meu menino dum momento para o outro,os medicos disseram febre tifoide!como?porque? fomos cuidadosos a vida toda!oh Deus tem so 8 anos!!!ainda ca estou cuidando dos outros.as vezes me sinto humilhada por ter que pedir socorro a Deus O Mesmo que tirou meu filho de mim.ja nao consigo escrever mais so gostaria muito ainda que virtual fazer parte de um a associacao de pais que perderam filhos para poder desabafar e um dia quem sabe me curar e ajudar meu marido e filhos que assim como eu vivemos tao desolados

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    1. Perdi meu filho a dois meses ,ele estava a duas semanas de fazer seus 4 aninhos,ele estava todo empolgado,pois,iríamos fazer uma festinha pra ele,a avô dele calçou um sapatinho e dentro havia um escorpião amarelo ele morreu me esperando no quarto de uma UTI pedindo por refrigerante está sendo muito difícil focar em tudo ,mas, tem q tocar o barco sabendo q vai ser doloroso para sempre.

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    2. Sei bem oque você está passando o meu de 8 anos se foi tam bem. Se puder pode entrar em contato comigo 27998808492

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    3. Perdi meu filho com 12 anos essa dor não passa mais vamos ajoelha e pedir força a Deus não vamos perder a fé

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  12. o que fazer com tanto sofrimento não tem resposta e nem um remédio pra curar essa dor no coração eu acho que vo morrer a qualquer momento meu coração não para de doer essa alegria que não vem vc fica se culpando porque não eu porque meu filho tinha 21 anos 33 dis de vida e por calça de uma conversa sem verdade no tal de what sap um bandido matou meu filho que estava trabalhando e era um temente a deus dizimista fiel com essa idade ates de abrir sua loja pedia pra deus permissão depois colocava na radio ouvia hino evangélico o dia inteiro lia a biblia todos os dias ia pro monte orar e agradecer quando mataram ele sua bíblia estava aberta no salmos 54 porque DEUS porque DEUS ELE TINHA 21 ANOS E 33 DIAS DE VIDA estou orando muito mas não sei se vou aguentar ele era muito devoto pra morrer fico com medo de minha alma não suportar queria ser forte sei que DEUS esta sempre no mesmo lugar mas e muito sofrimento meu DEUS........

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  13. Minha filha nasceu dia 25/11/2015 com 36 semanas, até aí tudo bem! No dia seguinte quando fui visita-la na utin me disseram que ela tinha Síndrome de Edwards, morri nesse dia!!! Minha pequena viveu 97 dias!!! Tempo suficiente pra me fazer sofrer e morrer de saudade!

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  14. Meu filho nasceu de 35 semana e 4 dias..parto cesareo de emergencia por oligoaminio..foi entubado, ficou na uti, pegou infecçao e nao.resistiu..viveu 49 dias...meu anjo pietro faleceu...meu Deus que tortura...faleceu dia 07 de maio, vespera do dia das maes...somente Deus para confortar meu coracao..a dor é muito grande...sei que nunca vai passar...esperar e descansar no.Senhor...Amo vc meu amjo Pietro..

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  15. Meu filho nasceu de 35 semana e 4 dias..parto cesareo de emergencia por oligoaminio..foi entubado, ficou na uti, pegou infecçao e nao.resistiu..viveu 49 dias...meu anjo pietro faleceu...meu Deus que tortura...faleceu dia 07 de maio, vespera do dia das maes...somente Deus para confortar meu coracao..a dor é muito grande...sei que nunca vai passar...esperar e descansar no.Senhor...Amo vc meu amjo Pietro..

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  16. Meu Benjamin foi morar no céu fazem 7 dias hoje, ele tinha 2 anos e oito meses , e pegou uma pneumonia bacteriana que em nove dias levou meu filho.É uma dor que nunca imaginaria q existisse, um desespero interno que da vontade de rasgar o peito, eu e meu esposo estamos meio perdido sem saber qual rumo tomar, ele era nosso único filho, não sabemos o q vamos fazer, estávamos cheios de planos por ele e agora esperando o direcionar de Deus para seguir em frente.
    Parece q nunca mais vou me curar, é uma dor enlouquecedora, mas ainda sim tenho Deus para me amparar ainda bem se não já tinha pirado.

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  17. perdi meu unico filho pedro henrique de 21 anos faz 4 meses a dor é muito grande me sinto vazia nada mas faz sentido parece que não tenho mas nenhum tipo de sentimento só dor. senhor tenha misericordia de me

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  18. Acho que viver o luto não é só obrigatório como necessário e preciso.
    Mas viver anos em luto não trará ninguém de volta.
    Que tal continuar vivendo por ele(falecido), que tal não deixar ele vivo dentro de vc, que tal fazer um quadro com o seu sorriso mais lindo e coloca-lo na parede de sua casa, que tal fazer com que o sujeito continue vivo, talvez isso ajude a amenizar a saudade, talvez isso te faça alguém melhor a cada dia, porw o que dói não é a partida e sim a saudade a despedida.
    Pensem nisso com carinho, eu porém, adoraria partir mas continuar presente na vida daqueles que amo e principalmente na vidada minha mãe e meu pai.
    Porém mesmo do outro lado ds vida me sentiria amada, ansiosa para o grande reencontro, ao contrário, eu me sentiria culpada e talvez mesmo do outro lado da vida não aceitaria o meu novo lar(céu) ou a tal luz divina, por me sentir presa ao deixar as pessoas que amo vivendo infelizes pela minha ausência, acredito que eu me sentiria dividida, acredito que nesse tempo eu poderia até viver por aí vagando sem luz, sem rumo, talvez seria tão angustiante pra mim quanto para quem ficou e sofrendo por mim.
    Pensem nisso, pensem com amor, pensem com carinho.
    Que Deus console a todos nós nos dando sabedoria e entendimento para superar a dor, saber perdor, saber ver o lado bom de todas coisas, absolutamente todas as coisas.
    Sintam-se todos abraçados.
    Assim como todos vcs, eu amo a vida mas se eu partir me deixem continuar vivendo livre, sem culpa, sem medo, apenas lembrem de mim com amor e com esse meu jeito maluca de viver a vida����❤
    Samira miranda.
    25 anos.
    Nascida em Mauá-SP em 1991.
    Atualmente moradora em Registro interior de SP.
    Um grande abraço à todos.

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  19. Que nosso Deus coloque no coração de cada um de vocês um bálsamo curador. E saibam que estou orando por você. Esperança. Não desanima. Vá em frente. Seja forte. Apesar de tudo, Jesus te ama muito.

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Saudades imensas de meu filho Marcelo que partiu a um ano aos 48 anos , de Leucemia Aguda . Que ele esteja em Paz ! E Feliz !

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  22. Meu filho se foi com 17 anos, saiu para comprar um lanche e não voltou,foram roubar a moto do irmão dele e ele se assustou e caiu e sofreu três hemorragias interna e nao resistiu. Desde o dia 03/02/2017 que não sei mas o que é viver,vivo sem chão,sem rumo com uma dor na alma que nada faz passar. Vivo por viver. Não me acho em lugar nenhum, nada tem graça,nada vale a pena, eu vivo esperando a hora de partir só para me livrar dessa dor horrivel que é enterrar um filho. Meu caçula,agora tenho o mas velho que já é casado e tem vida dele e eu vivo sozinha. Pois em 2012 enterrei meu marido.
    Quando lágrima não rola pelo rosto e pq estou chorando por dentro. 24h pensando no meu filho.

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  23. Perdi minha filha no dia 20/11/2017, ela faria 5 meses dia 21. Ela engasgou dormindo, sempre foi saudável, linda, ruiva, risonha, esperta, parecia um espírito de luz completamente evoluído que deixava todo mundo encantado, só de olhar pra ela. Era um sonho, foram os melhores 5 meses da minha vida. Mas tudo mudou completamente em um dia infeliz. É uma dor que não cura. Todo dia me vem a cabeça o que eu poderia ter feito para impedir, minha impotência diante de uma vida que só dependia de mim. Muita dor. Mas tento encontrar conforto na doutrina espírita e prefiro acreditar que era planos de Deus. O porquê, nunca vou entender. Só me cabe aceitar, dia após dia, e me reerguer, com muita força, porque não tenho vontade de nada. Mas com as pedras no caminho, um dia construo um castelo. E sei que na maior das perdas, há a divina consolação. Livro qual indico para todos os pais que perderam seus filhos. Muita força e sintam-se acolhidos num abraço virtual de quem conhece muito bem essa dor. Força e fé para nós

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  24. Perdi meu filho dia 28/10/2017, que dor me lembro dia e noite de sempre qdo ele piorou estado geral metástesses óssea,fez cirurgia mas não resistiu 42 anos,três meses para descobrir a dor é imensa choro todos os dias,acordo todos os dia de madrugada pensando nele e fico rezando pedindo a Deus que me de forcas para continuar vivendo .O que me sustenta é a fé vivo atrás de respostas.

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  25. Eles vivem em outra dimensão nos esperando.Eles sofrem quando vc sofre viva sabendo q eles estão nos esperando chegar na nossa hora.Deus ele te ampara e acredite pq é certo q o encontro ocorrerá

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  26. Um dia vcs vão se encontrar se abraçarao.Mas hoje olhe ao redor e sinta a natureza e aprecie o céu as estrelas o mar os animais e as crianças.Nao fiquem tristes eles ficam felizes vc vivendo feliz.E muita dor mas mude a dor por amor aos animais as crianças que sofrem por ai.E eles vão se orgulhar

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  27. A pior coisa que alguém pode fazer, não sendo um profissional, é se meter a dar conselhos a quem perdeu filho(s). Deixa eu dizer uma coisa para todos, eu perdi dois filhos, um com 15 dias de nascido, e outro com dois anos e quatro meses...Não desejo isso para meu pior inimigo, nesse intervalo de um para o outro, já se passaram oito anos, é logico que o que mais ficou marcado, foi o ultimo, devido as circunstancias e a magnitude do acontecido...É um pedaço de nós que vai embora, é algo indescritível... No inicio, vc quer culpar, matar, morrer e etc...Choro desesperado, desolação, dor, angustia, sofrimento...Ao passar do tempo, isso tudo tende a diminuir...É claro, vc tem que fazer algo para se alto ajudar, não tem como ficar pensando só nisso, vc adoece! Graças a meu bom Deus, pois sem Ele, ficaria humanamente impossível, temos sido muito consolados! David se foi com 15 dias. E Matheus com dois anos e oito meses. O primeiro foi descuido do medico, e o segundo foi Craniofaringeoma, chegou a operar e tudo, teve muito boa recuperação, mais devido a poucos recursos locais, o primeiro probleminha que teve, dias depois veio a falecer! Hoje temos o Emanuel com dois anos e oito meses!

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  28. Perdi meu filho de 17 anos ontem estou vazia sem pensamentos nem bem nem de revolta...sou um nada num mundo sem nada mais.

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  29. Triste demais perdi meufilho 22 anos faz 4 meses hoje estou desesperada

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    1. Claudia Roriz09 setembro, 2019

      sei bem como é sua dor, o meu filho partiu com 22 anos dia 19/01/19 tinha feito 22 anos dia 13/01/19 uma semana depois faleceu.

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  30. Claudia Roriz09 setembro, 2019

    boa noite, no dia 19/01/19 meu único filho, com apenas 22 anos,Pedro, faleceu, meu filho estava com uma anemina profunda e estava internado pela 2 vez para transfusão sangue, no dia 18/01 ás 14h teve uma convulsão , nunca tinha visto ninguem desse jeito,ficou muito debilitado, no dia 19/01 as 10h a segunda, e logo a 3 convulsão, em menis de uma hora recebi noticia que ele partiu , vai fazer 8 messes dia 19/09/19 sinto uma dor insuportavel, com tristeza, tento ser forte ajudando outras mães que perderam seus filhos, mais não consigo falar, sofro silêncio, sinto que as pessoas não querem ouvir minha dor, então me calo. não vou digitar mais, porque não encontro palavras para expressar tamanha dor.

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