10/05/2012

Nova esperança contra a doença de Alzheimer

De acordo com a Associação Internacional da Doença de Alzheimer, estima-se que atualmente mais de 35 milhões de pessoas sofrem com a doença, porém em 2030 esse número chegará a 65 milhões e 115 milhões até 2050, no mundo todo. Essa doença que degenera gradativamente as células do cérebro foi descoberta há praticamente um século e até hoje não há cura.
Um grupo de pesquisadores franceses publicou uma pesquisa revelando que a falta de uma proteína chave para o cérebro está associada à doença de Alzheimer, uma descoberta que identifica um novo alvo para medicamentos de combate à doença e renova a esperança de um tratamento eficaz no futuro.
Baseando-se em pesquisas anteriores, os pesquisadores mergulharam num “banco de cérebros” de Paris, composto por órgãos doados à ciência médica, para comparar os níveis de uma proteína chamada FKBP52 entre os cérebros de pessoas que morreram de demência e dos que haviam morrido de outras causas. Amostras foram extraídas e suas composições químicas analisadas.
Numa região do cérebro muito afetada pela doença de Alzheimer, os pesquisadores descobriram que os níveis de FKBP52 eram 75% mais baixos nas pessoas que haviam morrido de Alzheimer e outras doenças causadas pelo acúmulo da proteína Tau.
A proteína conhecida atualmente como Tau foi identificada inicialmente em 1912 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer, que emprestou seu nome à doença. Quando essa proteína passa por um processo de transformação, começa a formar emaranhados microscópicos dentro das células nervosas, matando-as.
Descoberta em 1992, a FKBP52 é uma proteína encontrada abundantemente no cérebro, onde tem a tarefa de dobrar e desdobrar outras proteínas. Mas também tem sido revelado que ela aprisiona a Tau, o que suscitou a teoria de que a falta da FKBP52 auxilia a Tau se emaranhar, apesar de que a sequência de eventos a nível molecular que causam os emaranhados de Tau ainda não foram esclarecidos.
Os pesquisadores acreditam que os níveis de FKBP52 podem ser usados como um biomarcador da suscetibilidade ao Alzheimer e que o seu aumento pode oferecer uma maneira de parar a progressão da doença.
A doença de Alzheimer é conhecida há muito tempo, mas nesses últimos anos a ciência tem acumulado tanta informação que propiciou em 2011 uma revisão completa das diretrizes de diagnóstico da doença, há 27 anos sem alteração.
O critério original descrevia apenas estágios avançados da doença, quando os sintomas de demência já eram evidentes. Já os novos critérios cobrem todo o espectro da doença à medida que gradualmente muda ao longo dos anos, desde os mais precoces estágios pré-clínicos, passando pelo comprometimento cognitivo leve, até a demência do Alzheimer.
Além disso, essas diretrizes agora aceitam o uso de imagem e biomarcadores que podem auxiliar a determinar se as mudanças no cérebro são devidas ao Alzheimer, algo que ainda está sendo usado apenas para pesquisa por ainda necessitar de mais teste e validação.
Enquanto a ciência pesquisa uma cura para essa doença, nossa única alternativa é tomar atitudes que reduzam o risco de surgimento ou impacto da doença, conforme já foi discutido em artigos anteriores sobre prevenção, alimentação, fumo, treinamento cerebral, etc.
Uma dessas atitudes é o desenvolvimento de reservas cerebrais através de atividades variadas que desafiem o cérebro, dentre as quais as atividades oferecidas pelo programa de treinamento cerebral do Cérebro Melhor. Então, está esperando o que? Comece já a desenvolver suas reservas!

Publicado por Cérebro Maior em 06/02/12

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O efeito placebo e o cérebro

Placebo é como se denomina um medicamento ou procedimento inerte, cujos efeitos terapêuticos ocorrem devido às crenças e expectativas do paciente de que está sendo tratado. O seu efeito é muito estudado pela medicina, pois ele é real e pode mesmo trazer benefícios ao paciente.
Alguns desses estudos trazem conclusões interessantes. Por exemplo, a eficácia de um medicamento pode se alterar com o tempo devido a uma mudança de expectativa com relação a esse medicamento. Ou a própria cor da pílula pode significativamente alterar seu efeito. Até mesmo o preço cobrado pelo medicamento pode torná-lo mais eficaz. Recentemente verificou-se que o cérebro é realmente “enganado” pela crença no efeito do placebo.
Tanto em marketing quanto em medicina, a percepção pode ser tudo. Um preço maior pode criar a impressão de maior valor, assim como uma pílula de placebo pode reduzir a dor. O interessante foi que os pesquisadores combinaram os dois efeitos, ou seja, eles descobriram que um placebo de    $ 2,50 funciona melhor que um que custa $ 0,10.
Nesse estudo, os pesquisadores descobriram que ambas as pílulas tinham um grande efeito placebo, com 85% dos que tomaram as pílulas caras relatando redução significativa de dor, comparado a 61% dos que tomaram as pílulas baratas.
Essa descoberta pode explicar a popularidade de alguns medicamentos caros no lugar de alternativas mais baratas, ou também o relato de pacientes de que medicamentos genéricos são menos eficazes do que os de marca, mesmo que seus ingredientes sejam idênticos.
Em 2005, um estudo analisou uma série de pesquisas publicadas entre 1974 e 1998 relacionadas ao tratamento de úlcera e descobriu que os medicamentos podem interagir de forma não esperada: culturalmente, ao invés de farmacologicamente. A Cimetidina foi um dos primeiros medicamentos contra a úlcera e, quando ainda era novidade, ele eliminava em média 80% das úlceras. Mas com o passar do tempo, sua eficácia caiu para 50%.
Ao analisar essa queda de eficácia na linha do tempo, os pesquisadores descobriram que ela ocorreu particularmente após a introdução da Ranitidina em 1981, um medicamento novo e supostamente melhor. Uma das possíveis explicações foi de que o medicamento tornou-se menos eficaz devido a uma deterioração na crença sobre sua eficácia médica, ou seja, um efeito placebo às avessas.
Até a cor de um placebo pode influenciar seu efeito. Em testes realizados há décadas, quando administradas sem informação sobre se eram estimulantes ou depressivos, pílulas de placebo azuis produzem efeitos depressivos, enquanto as vermelhas induzem efeitos estimulantes. Pacientes com insônia relatam pegar no sono muito mais rápido e dormir mais depois de tomar uma cápsula azul ao invés da laranja. Ou, quem diria, os placebos vermelhos são mais eficazes em aliviar a dor do que os brancos, azuis ou verdes.
Um estudo recente demonstrou que uma pílula de placebo, feita para se parecer com um medicamento para depressão, pode “enganar” o cérebro a responder da mesma forma que ao medicamento real. Porém, foi observado que podem ocorrer diferenças muito grandes na força do seu efeito, dependendo do uso prévio de antidepressivos pelo paciente.
Analisando a atividade cerebral, os pesquisadores puderam verificar a reação do cérebro às pílulas de placebo. Pacientes que nunca haviam sido tratados com antidepressivos apresentaram grandes aumentos de atividade cerebral numa região associada à depressão. Porém, aqueles que já haviam utilizado antidepressivos no passado apresentaram uma pequena redução de atividade cerebral, uma mudança idêntica à produzida pelo medicamento real. É como que se o cérebro se lembrasse do efeito do medicamento e reproduzisse seu efeito.
Infelizmente o efeito placebo não pode ser utilizado para tudo. Se você quer ter um corpo em forma, não há pílula de placebo que substitua o exercício físico. O mesmo vale se você quer ter um cérebro em forma. Não basta acreditar que ele pode melhorar, você tem que estimulá-lo e o Cérebro Melhor pode ajudá-lo com seu programa de ginástica para o cérebro através de jogos online.


Publicado por Cérebro Melhor em  10/05/12

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Teste psicológico pode prever sucesso no futebol


Os estudiosos do futebol já sabem há muito tempo que a habilidade física e a noção de bola não são suficientes para alguém se tornar um jogador de futebol de elite. Um terceiro componente vital geralmente mencionado é a “inteligência de jogo”, que é a habilidade de “ler”a jogada, estar sempre no lugar certo na hora certa e participar dos gols. Muita gente tem considerado a inteligência de jogo quase como uma habilidade mágica, algo impossível de se medir.

Os cientistas do Karolinska Institutet, entretanto, afirmam que não há nada de mítico na inteligência de jogo e que ela pode ser compreendida de uma perspectiva científica. Trata-se, na realidade, de um exemplo do que os cientistas cognitivos chamam de funções executivas, que engloba a habilidade de ser imediatamente criativo, de enxergar novas soluções para problemas, de mudar de tática rapidamente e de revisar comportamentos anteriores que comprovadamente não funcionaram.
No estudo publicado pelo grupo de cientistas, foram feitos testes de certas funções cognitivas em jogadores de futebol da primeira e segunda divisão da Suécia, totalizando 57 jogadores de elite. Os cientistas descobriram que os jogadores de futebol das duas divisões tiveram um desempenho muito acima da média da população em geral nos testes de funções executivas. E também que os jogadores da primeira divisão tiveram resultados muito melhores nesses testes do que os da segunda divisão.
O próximo passo foi comparar os resultados desses testes com o desempenho dos jogadores em campo. Os cientistas acompanharam vários desses jogadores por alguns anos e registraram o número de gols e de assistências de cada jogador. Assim, cada jogador recebia pontos de acordo com seu desempenho em campo.
Uma clara correlação apareceu entre os resultados dos testes de funções executivas e o número de pontos obtido em campo (depois de corrigir os dados de acordo com a posição do jogador e idade). Desta forma, ficou demonstrado que os melhores jogadores em campo também tinham o melhor desempenho em funções executivas.
O investimento em jogadores de futebol é um negócio arriscado, onde faltam ferramentas preditivas. Esse estudo sugere que a seleção de futuras estrelas deve incluir não apenas a avaliação da capacidade física, de controle de bola e quão bem o atleta desempenha no presente. Os dados sugerem que a avaliação das funções executivas com testes neuropsicológicos validados pode estabelecer se um jogador tem a capacidade de atingir o topo no futebol, alterando a forma com que os talentos são recrutados, ou seja, passando a ser recrutados também pelos seus cérebros.
É por isso que os jogadores de futebol devem tomar muito cuidado com seus cérebros, pois estudos anteriores demonstraram que cabecear a bola repetidamente aumenta o risco de comprometimento cognitivo, ou perda das habilidades cognitivas, sintoma similar ao de quem sofre um traumatismo craniano leve.
Se você quer melhorar suas funções executivas, lembre-se que as habilidades cognitivas podem ser desenvolvidas através do treinamento, assim como as habilidades físicas. O Cérebro Melhor é a primeira academia online para o cérebro, onde você pode treinar as habilidades de memória, linguagem, atenção, visão espacial e também o raciocínio lógico, que está associado às funções executivas. Experimente já!

Publicação Cérebro Melhor em  09/04/12

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